Composição:
Cada dose contém: 500mg de Terminalia bellerica na forma de extrato seco.
Terminalia bellerica também conhecida como Beleric Myrobalan em inglês, localmente conhecida como Bahera na Índia, tem sido usada há séculos na Ayurveda, originária da Índia.
O fruto seco, utilizado para fins medicamentosos, é encontrado ao longo do Subcontinente indiano, Srilanka e sudeste asiático, numa altitude de até 1200 metros, em uma ampla variedade de ecossistemas. Tradicionalmente, T. bellerica é usada para o tratamento de várias doenças, tais como conjuntivite, asma, enxaqueca, calvície, constipação e visão fraca.
Ela contém vários fitoconstituintes, como glicosídeos, flavonoides, taninos, compostos fenólicos, aminoácidos e saponinas que são responsáveis por diversas atividades farmacológicas como antiinflamatória, antidiabética, antimicrobiana, antisalmonela, antibiofilme, anticancerígena, hepatoprotetora, antipirética e antidiarreica.
A Terminalia bellerica é composta por 25% de taninos com potente atividade inibitória da xantina oxidase. É considerada um super antioxidante e uma alternativa natural para controlar os níveis de ácido úrico. O seu uso está relacionado com a melhora da artrite gotosa (Gota) sem ocasionar efeitos colaterais e interações medicamentosas.
A gota é uma forma de artrite inflamatória causada por uma desordem metabólica, a hiperuricemia, o que leva à deposição de cristais de ácido úrico em tecidos e fluidos dentro do corpo. A hiperuricemia é causada por uma superprodução ou mesmo, uma excreção inadequada de ácido úrico, sendo um risco não só para a progressão de uma doença renal, mas também, podendo induzir ou agravar doenças cardiovasculares.
Os fatores de risco relacionados à gota incluem: excesso de peso ou obesidade, hipertensão, ingestão de álcool, uso de diuréticos, dieta rica em purina e frutos do mar além do funcionamento inadequado dos rins.
A gota é classificada em aguda e crônica. O surgimento do quadro agudo ocorre quando os cristais de urato presentes nas articulações provocam inflamação, caracterizada por dor, vermelhidão, inchaço e calor. Em relação ao quadro crônico, é caracterizado por artrite crônica, com dores nas juntas.
Os tratamentos à gota buscam aliviar as dores associadas ao ataque agudo e também, prevenir futuros ataques. A terapia tradicional para a gota aguda inclui tratamentos com anti-inflamatórios não esteroides (AINEs), colchicina e agentes esteroidais para aliviar a dor e a inflamação. Esses medicamentos, apesar de eficazes, podem causar numerosos efeitos adversos além de apresentarem diversas interações medicamentosas.
A terapia preventiva para portadores de gota crônica ou ataques recorrentes inclui medicamentos como o alopurinol ou febuxostate os quais contribuem para diminuir os níveis séricos de ácido úrico, porém ambos possuem efeitos adversos e uma série de interações medicamentosas.
A Terminalia bellerica inibe a xantina oxidase, enzima envolvida na síntese de ácido úrico, substância derivada da xantina, de maneira dose-dependente.
Terminalia bellerica possui um mecanismo de ação similar ao fármaco Alopurinol. O excesso de atividade de xantina oxidase gera altos níveis de ácido úrico o que pode desencadear a formação de cristais nas articulações e tecidos, levando ao desenvolvimento da gota. Além de inibir a produção de ácido úrico e, portanto, o processo inflamatório da gota, acredita-se que os compostos bioativos presentes na Terminalia bellerica possuem efeitos anti-inflamatórios, possivelmente devido à inibição da síntese indutora de óxido nítrico (iNOS).
Um estudo randomizado, duplo-cego, controlado por placebo, foi realizado ao longo de 24 semanas, para avaliar a eficácia dos extratos de Terminalia chebula e Terminalia bellerica no tratamento de 88 pacientes portadores de hiperuricemia.
Os indivíduos do Grupo A e B receberam uma cápsula de T. chebula e T. bellerica de 500 mg, respectivamente, duas vezes ao dia.
O Grupo C recebeu uma cápsula de T. bellerica 250mg.
Os indivíduos do Grupo D receberam um comprimido de Febuxostate 40mg pela manhã, após a refeição e, uma cápsula de placebo idêntica, à noite, após a refeição.
O Grupo E recebeu uma cápsula de placebo duas vezes ao dia.
Ao final de 24 semanas de tratamento o grupo Terminalia Bellerica (500 mg) apresentou uma redução de 27% nos níveis de ácido úrico, perdendo apenas para o grupo Febuxostate (40mg) que foi de 48%. Portanto o uso de Terminalia Bellerica é uma alternativa natural, sem causar efeitos colaterais para auxiliar no controle dos níveis de ácido úrico e tratamento da gota.
Terminalia bellerica é indicada no tratamento agudo de gota, aliviando os sintomas da dor e como preventivo dos ataques de gota.
Como preventivo da gota, a Terminalia bellerica deve ser usada uma vez ao dia, pela manhã, após o desjejum.
Nos casos agudos de gota, deve ser utilizada uma dose duas vezes ao dia, de 12/12h.
- Hiperuricemia: Um dos principais usos da Terminalia bellerica é no tratamento da hiperuricemia, condição caracterizada pelo excesso de ácido úrico no sangue. Os taninos presentes na planta inibem a enzima xantina oxidase, responsável pela produção de ácido úrico, contribuindo para a redução dos seus níveis.
- Propriedades antioxidantes: Os compostos bioativos da Terminalia bellerica possuem forte ação antioxidante, combatendo os radicais livres e protegendo as células contra danos oxidativos.
- Ação anti-inflamatória: A planta apresenta propriedades anti-inflamatórias, sendo útil no tratamento de condições como artrite e gota.
- Outras atividades: Estudos indicam que a Terminalia bellerica pode apresentar outras atividades farmacológicas, como antibacteriana, antifúngica e antidiabética.
Mecanismo de ação:
O mecanismo de ação da Terminalia bellerica envolve principalmente a inibição da enzima xantina oxidase, além da ação antioxidante e anti-inflamatória dos taninos. Esses compostos interagem com diversas moléculas do organismo, modulando processos inflamatórios e protegendo as células contra danos.
Triphala não é uma planta isolada, mas sim uma formulação ayurvédica composta por três frutas: Amalaki (Emblica officinalis), Bibhitaki (Terminalia bellirica) e Haritaki (Terminalia chebula). Essa combinação sinérgica potencializa os efeitos de cada fruta individualmente.
- Ação laxativa suave: O Triphala é tradicionalmente utilizado como um laxante suave, estimulando a peristalse intestinal e promovendo a regularidade das evacuações.
- Propriedades antioxidantes: Devido à presença de Terminalia bellirica e Terminalia chebula, o Triphala possui forte ação antioxidante, contribuindo para a desintoxicação do organismo e a proteção celular.
- Ação anti-inflamatória: A formulação apresenta propriedades anti-inflamatórias, sendo útil no tratamento de diversas condições inflamatórias.
- Suporte ao sistema imunológico: O Triphala pode auxiliar no fortalecimento do sistema imunológico, aumentando a resistência do organismo a infecções.
- Outras atividades: O Triphala é utilizado no Ayurveda para tratar uma variedade de condições, incluindo problemas digestivos, doenças de pele, problemas respiratórios e envelhecimento precoce.
O mecanismo de ação do Triphala é complexo e envolve a ação combinada dos compostos bioativos presentes nas três frutas. Os taninos, flavonoides e outros compostos presentes na formulação atuam em diversos níveis, modulando a função intestinal, o sistema imunológico e os processos inflamatórios.
- Uso medicinal: Embora a Terminalia bellerica e o Triphala sejam amplamente utilizados na medicina tradicional, é importante consultar um profissional de saúde antes de iniciar qualquer tratamento.
- Efeitos colaterais: O uso de plantas medicinais pode causar efeitos colaterais em algumas pessoas. É fundamental informar o médico sobre o uso de qualquer suplemento à base de plantas.
- Interações medicamentosas: Algumas plantas medicinais podem interagir com medicamentos, alterando sua eficácia ou aumentando o risco de efeitos colaterais.