Vimpocetina 30 Cápsulas de 5mgCód. 264

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Descrição

Vimpocetina

Composição:

Cada cápsula contém: 5mg de Vimpocetina

 

Informação Técnica:

A vimpocetina é um derivado sintético do alcaloide vincamina, encontrado em grande quantidade na planta Vinca minor L. Apresenta propriedade neuroprotetora que é atribuída principalmente à sua ação vasodilatadora central, promovendo o aumento do fluxo sanguíneo e do aporte de nutrientes e de oxigênio para o cérebro. Desta forma, a vimpocetina pode favorecer a síntese de neurotransmissores e facilitar a neurotransmissão e o metabolismo celular em regiões cerebrais importantes para a cognição. Ainda, a vimpocetina exerce efeitos antioxidante e antiinflamatório, atenuando os danos decorrentes do estresse oxidativo e reduzindo a morte celular. Com isso, devido sua propriedade nootrópica, evidências vêm demonstrando que a vimpocetina pode auxiliar na prevenção e tratamento de diversas condições clínicas, incluindo acidente vascular cerebral (AVC), doença senil, demência e comprometimento cognitivo moderado.

No sistema nervoso central (SNC), o processamento de memórias e a manutenção das funções cognitivas envolve a ativação de receptores de glutamato do tipo N-metil D-aspartato (NMDA), que acarreta influxo de cálcio e aumento da síntese intracelular de óxido nítrico (NO). O NO, por sua vez, pode se difundir através das membranas celulares e atuar em células musculares lisas no endotélio de vasos sanguíneos no SNC, promovendo a ativação da enzima guanilil ciclase (GC) que converte a guanosina trifosfato (GTP) em guanosina monofosfato cíclico (GMPc), levando à vasodilatação. Neste contexto, a ação neuroprotetora da vimpocetina tem sido associada à inibição da enzima fosfodiesterase 1 (PDE-1), responsável pela degradação de segundos mensageiros como GMPc e adenosina monofosfato cíclico (AMPc). Desta forma, a inibição desta enzima pela vimpocetina retarda a degradação de GMPc e reduz a concentração intracelular de cálcio, promovendo o relaxamento do músculo liso vascular e a vasodilatação cerebral. Em neurônios, a inibição da PDE-1 pela vimpocetina promove o acúmulo intracelular de AMPc, levando à ativação do fator de transcrição denominado proteína ligadora ao elemento de resposta ao AMPc (CREB), responsável pela síntese de proteínas envolvidas na plasticidade sináptica e melhora das funções cognitivas. Adicionalmente, a vimpocetina também atua bloqueando canais de sódio localizados em neurônios pré-sinápticos, reduzindo o influxo de cargas positivas e a excitabilidade neuronal. Evidências apontam que a vimpocetina confere proteção contra a morte neuronal em quadros de acidente vascular cerebral (AVC), quando é observado um aumento abrupto e descontrolado da despolarização neuronal em decorrência da hiperativação de canais de sódio. Além disso, este mecanismo também tem sido associado aos benefícios do tratamento com vimpocetina sobre a audição.

O AVC é caracterizado pela diminuição abrupta do fluxo sanguíneo para uma região do cérebro que ocorre devido à obstrução ou rompimento de uma artéria cerebral, afetando significativamente o suprimento de sangue e oxigênio para este órgão. Atualmente, o AVC está entre as principais causas de morte e incapacidade em todo o mundo, visto que os tratamentos para recuperar os danos decorrentes deste evento são limitados e incapazes de promover uma recuperação completa do tecido cerebral afetado. Neste sentido, um estudo randomizado, multicêntrico e controlado conduzido com 610 pacientes (idade média de 63 anos) avaliou o efeito da administração de vimpocetina após 2 a 14 dias de um episódio de AVC. No grupo que recebeu o tratamento com vimpocetina durante 7 dias (38 mg, pela via intravenosa, em associação com os anticoagulantes clopidogrel ou aspirina) foi observada uma melhora significativa do fluxo sanguíneo cerebral. Além disso, este efeito foi acompanhado da melhora da função cognitiva e neurológica, bem como da qualidade de vida destes pacientes em comparação ao grupo que recebeu apenas o anticoagulante. Adicionalmente, outro estudo randomizado e multicêntrico avaliou o efeito da administração de vimpocetina (30 mg, pela via intravenosa, durante 14 dias) no qual o tratamento foi iniciado 4,5 e 8 horas após o AVC. Neste caso, o tratamento com vimpocetina promoveu uma melhora significativa das funções neurológicas tanto nos dias após o AVC quanto nos 3 meses subsequentes. Assim, estes resultados sugerem que a vimpocetina atua como um neuroprotetor, melhorando o prognóstico em quadros de AVC.

A perda auditiva é definida como o prejuízo na percepção de estímulos sonoros. Pode ocorrer naturalmente em decorrência do processo fisiológico de envelhecimento ou da deposição de cera, ou devido a fatores externos (tal como a exposição excessiva a sons altos e infecções nos ouvidos) que levam à degeneração progressiva ou redução da funcionalidade das células excitáveis do ouvido as quais são responsáveis por transmitir os estímulos auditivos ao cérebro. Tal degeneração decorre do aumento da atividade e permeabilidade dos canais de sódio voltagem dependentes, o que promove a despolarização contínua destas células. Logo, a modulação farmacológica destes canais é uma possível estratégia para o manejo de quadros de perda auditiva. Neste sentido, um estudo longitudinal e prospectivo conduzido com 62 indivíduos (homens e mulheres, maiores de 18 anos de idade e diagnosticados com perda auditiva adquirida por fatores ambientais) avaliou o efeito do tratamento com vimpocetina sobre a capacidade auditiva. Foi observado que o tratamento pela via oral com 30 mg de vimpocetina ao dia (divididos em duas administrações, durante 12 meses) preveniu a progressão da perda auditiva e promoveu a melhora da audição nestes pacientes. Adicionalmente, outros estudos clínicos têm demonstrado que a administração intratimpânica de vimpocetina é capaz de atenuar significativamente a perda de audição, seja de causa crônica ou repentina.

A incontinência urinária é uma condição clínica de alta prevalência e elevado impacto sócio-econômico na população, que afeta diretamente a qualidade da vida dos indivíduos acometidos. A eficácia da utilização de inibidores da enzima PDE no tratamento da incontinência urinária tem sido investigada e, neste contexto, um estudo conduzido com 19 pacientes com incontinência urinária (idade média de 56 anos) avaliou o efeito do tratamento pela via oral com vimpocetina. Após 4 semanas de tratamento, 57% dos indivíduos tratados com vimpocetina (5 mg durante 2 semanas e 10 mg durante as 2 semanas seguintes) relataram uma redução significativa na frequência urinária. Assim, este resultado aponta que a vimpocetina pode ser uma opção eficaz no tratamento adjuvante da incontinência urinária, bem como para promover a melhora da qualidade de vida dos indivíduos acometidos por esta condição clínica.

Estudos demonstram que a redução do fluxo sanguíneo cerebral contribui para a progressão do declínio cognitivo em pacientes diagnosticados com doença de Alzheimer ou outros tipos de demência. Desta forma, estratégias que possibilitem restaurar o aporte sanguíneo cerebral têm sido propostas como abordagem terapêutica para amenizar os sintomas clínicos associados a estas condições. Assim, estudos sugerem o potencial da vimpocetina em melhorar o fluxo sanguíneo cerebral e promover a melhora da função cognitiva em pacientes com demência ou doença de Alzheimer.

Indicações:

A Vimpocetina está indicada como adjuvante nos episódios pós acidente vascular cerebral (AVC) e como neuroprotetor às recidivas. É também utilizado na melhoria da audição e aumento da irrigação sanguínea, assim como no tratamento da incontinência urinária e estados de senilidade.

Modo de usar:

Tomar uma cápsula ao dia, podendo aumentar até 30 mg ou conforme indicação médica.






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